Custa, vai custar sempre. Em cada esquina temos parte da nossa história, os sorrisos que por lá passaram, a suavidade dos abraços longos, do teu cabelo a fazer-me cócegas no pescoço, os beijinhos na testa e o modo como me chamavas "pequenina". 
Nunca me vou esquecer.
De cada detalhe, foi como um livro sem ser preciso um filme. Costumam dizer que o livro é sempre melhor que o filme que depois reproduzem. É verdade.
E nós fomos um livro, uma mão cheia de momentos especiais, cheios de carinho e atenção. Sabes que sempre me questionei a Deus o motivo da mudança. A tristeza invade o meu pensamento de minuto a minuto, sonho até a dormir. Conto os pequenos minutos da tua ausência, a falta do teu ser num dia inteiro na minha rotina.
Vamos vivendo pequenos detalhes, e esses nunca falham. Contudo, e resumindo, digo-te em tom baixinho com mil lágrimas no rosto que sinto a nossa falta, sinto a tua falta. Parece que o dia estraga sempre a noite anterior, deixando a esperança dentro de uma caixinha.
Eras a chave que tinha de encontrar, para abrir todas as oportunidades de ser feliz sem saber e foi isso que aconteceu. Orgulho-me de ti, do que fomos, da história com pormenores bem construídos. Não lhe chamo de perfeito, porque nada o é. O que tornamos perfeito, é o facto de conseguirmos aumentar os momentos em infinitos, mesmo que sejam por pouco tempo.
Gosto muito de ti, meu pequeno grande anjo. Sempre to disse, que foste o meu motivo de continuação pela estrada fora. Foste o que mais nenhum homem foi em mim e disso te agradeço todos os dias. 
Um dia, quando tivermos cada um os nossos filhos, iremos contar esta grande história. Irei orgulhar-me eternamente por ter tido um maravilhoso porto de abrigo a meu lado.