Demoramos cinco dias para estar nos braços de alguém que nos acolheu com carinho, para uma noite passar tão rápido. Tão rápido quanto o ajustar dos nossos corpos. Deixas-me perplexa, sem saber o que fazer. Quero ser orgulhosa, quero deixar-te para lá, mas é tão difícil.. tão difícil estar longe de ti nos meus dias de monotonia, onde devia reencontrar-me contigo todas as noites, mesmo cansada do trabalho.
Ontem entreguei-me ao teu corpo, para matar todas as saudades possíveis, os risos, os beijinhos, os abraços, os mimos, os beijos na testa. Oh faz-me tão bem...
tão bem como o que tu me fazes. Fazes-me o bem e o mal ao mesmo tempo, o teu perfume na minha roupa, as músicas a tocar do outro lado da rua, e nós os dois na imensidão da noite. Gosto de ti, com a possibilidade de gostar ainda mais.
Encontrei algo em ti, que não encontrei em mais ninguém durante tanto tempo. Fui capaz de me entregar a ti de corpo e alma, com o coração dorido do passado. Aos poucos fazes tremer o meu coração e a minha alma inquietante. Deixas-me com vontade de permanecer no teu aconchego por mil e uma noites.
Estou aqui, um dia novo chegou e morro de saudades tuas. Hoje acordei sem ti ao meu lado na cama, e senti um enorme vazio. Vazio por não ter novamente acordado e ver-te a dormir bem agarrado a mim.
És um anjo, mas não me devo precipitar, nem o vou fazer. 
Tudo com precaução, para não magoar o coração