Muitas pessoas arriscam tudo por amor. Invadem-se de mil e uma esperanças e apaixonam-se sempre que algum homem se aproxima - na realidade, não estão apaixonadas, mas sim com a ideia de ter alguém que lhes sacie a sede da solidão - e eu não consigo ser assim.
Penso muitas vezes, que raramente neste mundo alguém se entrega a alguém com o intuito de ficar, permanecer. Desde que me apaixonei pela primeira vez que noto o quanto o amor é doloroso e demora a ser descoberto dentro das nossas almas e é tão bonito quando desabrocha sem darmos conta que já somos tão felizes ao lado de alguém, que quando tudo acaba, nos consome por completo.
Não me entrego facilmente a alguém, é penoso para mim dar tudo de mim a qualquer um. Tem que ser ignorado ao inicio como se nada fosse garantido e só depois ver realmente que é o "tal" que possa curar todas as nossas feridas e fazer-nos arrebitar.
Ao longo dos meses arrisquei entre amores falhados e foi o pior que fiz - e aprendi a lição - pois tentei eliminar a ferida interior, ocupando-me com outro homem sem sentimento algum.
Agora as coisas são diferentes, viraram de posição. Entreguei-me a alguém que jamais imaginara voltar a fazê-lo, e logo eu... quando me entrego é verdadeiro e confuso no meio de todas as histórias.
Mas eu sou confusa, tenho um feitio notável. E gostava que também reconhecesses isso. Ninguém me tinha tocado como tu, durante todo este tempo.
Se reconheceres alguma vez, durante estes dias .. vou reconsiderar a tua volta.
Mas por agora, deixa-me sentir a pureza de estar viva e de estar a viver o que em tanto tempo sonhara,
a vida.