Sabes o que me apetecia agora? Que tu me pegasses ao colo e me dissesses que me ias raptar - como já o fizeste - e na verdade dá-me sempre um gozo quando dizes isso.
Suspiro todos os dias, sem te ver, sem te encontrar. Quero e vou ser orgulhosa o suficiente para não pronunciar nenhuma palavra para ti. É errado?
Não, é o certo.
Não me posso iludir com momentos, se eles duram somente um tempo incerto ao qual não sei justificar a razão do silêncio no depois.
É errado estar com esperanças e mais errado é, demonstrar demasiado carinho e demasiada atenção.
Por vezes, acho que não mereces, por vezes acho que não queres saber.
A saudade tem-me sufocado, e se o trabalho te tira da minha cabeça, quando vou para o descanso sinto-me brutalmente mal pela saudade regressar novamente.
O teu cheio surge sempre em qualquer lugar quando não quero. O teu nome também,
e em conjunto vêm as memórias.
Odeio permanências, vê o que fazes ao meu coração! Não te condeno por seres assim, mas não me condenes mais tarde por ir embora sem aviso.