Machuca-me todos os dias esse teu silêncio. Consome-me ao saberes que estou ali a tentar dia após dia seguir o meu coração e mostrar-te que gosto de ti como és.
É estúpido e irónico como uma pessoa só corre atrás de nós quando ainda não nos têm na mão, mas ao sermos apanhadas, perdem o interesse todo. Deixam de correr atrás, de dizer palavras bonitas, de irem a correr ter connosco.
É impressionante como a morte do coração é terrível aos meus olhos, aos olhos da minha alma que bem me avisou que nem sempre os bonitos erros cometidos são aqueles que permanecem.
E o desejo de me sentir viva novamente não consegue chegar ao dia pretendido, sigo dia após dia com a esperança que volte a abrir a porta da minha liberdade.
Aquela liberdade que está fechada pela saudade transparecer diante todo o céu coberto de nuvens e pingos de chuva.
Perco sono, perco sonhos, ganho feridas novas como se a saudade fosse nova todos os dias.
Mas é, viva e presente em todas as horas, em todos os cigarros que fumo, em todos os cafés que bebo para me manter desperta.
Onde andas afinal?