Quero tirar todos os passados da minha cabeça, quero inventar-me de novo.
Deixar-me de lamechisses e dias monótonos e passar ás aventuras sem juras e promessas. Ter o desejo árduo da noite chegar rápido e estar nuns braços de outro que não de quem eu já toquei.
De provar um novo corpo com a paixão e brutalidade que existe dentro das almas. Dos anjos e dos demónios misturados no suor dos lençóis.
Da pele arrepiada, da boca com a sede de um e outro beijo, do corpo a pedir mais rebeldia e misericórdia. Quero sentir-me viva outra vez, sem ressentimentos, sem pensar que irá acabar. Sem sentimentos nem apelos.
Quero voltar a sentir-me selvagem. Quero a minha cabeça vazia de amor.
Quero a sede da paixão. Quero viver.