Estou de férias e de modo em que precisava de ir trabalhar, para me ocupar (falo como se não tivesse mil e uma etapas para cumprir) e ainda assim não me ajeito a começar a ocupar a cabeça de forma a ter duas vantagens: concretizar o que deixei em pausa e apagar os maus bocados da alma.

Sou uma idiota, oh repito-o tantas vezes.

(até parece que gostas), Deus deve invocar tantas vezes isto que até me digno a baixar ainda mais os braços e a fechar-me no meu casulo.

Sou uma idiota, oh repito-o tantas vezes. 

Se eu invocasse o meu real eu, não estava assim deste jeito. Fraca, com um humor do caraças e só com vontade de dormir constantemente, enquanto o céu abre novos caminhos lá fora.

Tantas são as esperanças de erguer-me, que me esqueço que quem tem de dar o primeiro passo sou eu. Mas ainda assim o medo controla-me e fico-me parada pelo tempo sem me mexer, sem lutar como uma guerreira que eu costumava ser e todos invejavam.

Será que esta redoma vai continuar à minha volta e eu não a vou conseguir desfazer para me libertar?