Senti o meu coração gelado por momentos, e nesses momentos o meu coração temia deixar de bater .. deixou de ser forte ao ponto em que via palavras que o meu coração já tinha lido, já tinha sofrido por cada uma delas. O meu coração temia deixar de bater, e a minha alma deixar de pensar. A minha respiração tornou-se incontrolável com um medo absoluto de te perder, de deixar de permanecer a tocar-me na mão, e na alma. Cada palavra, cada gesto deixou-me sem movimentos sequer. Não meu amor, não estou preparada para deixar tudo ir embora e não o vou permitir. Não acredito que as melodias que ouvira, deixaram de tocar da mesma forma melódica e bem constituida. Ficou tudo num pantanal, e começei a sentir-me com vontade de cair de deixar de partilhar o meu sorriso já tapado por tudo, e pelas lágrimas tanto por dentro como por fora. Foi como se por um momento me tivessem arrancado o peito, e mexido no coração num operação qualquer. As minhas mãos deram ligeiras fraquezas e deixaram de se mexer, enquanto as curtas unhas das mãos arranhavam a pele. Senti-me mais desprotegida que qualquer piano sem teclas. Senti-me desolada pela tal forma como aquelas palavras mexeram comigo, e dei a sentir tudo a desmoronar. Vi as tuas lágrimas de desespero e tu viste as minhas. Tive intenção de te mostrar o sentimento desolador da minha face. Não tive vergonhas nem rodeios. Naquele momento apetecia-me abraçar-te, e dizer-te que .. uma parte de mim ia embora, se tu também fosses. Dei por mim, com os olhos esbogalhados, com o coração fraco para continuar a bater. Mas ao ouvir as palavras magestosas .. ele voltou a bater, não com tanta intensidade devido ao cansaço. Mas com a força para continuar nesta estrada. Qual papel será o meu, nestas pedras que piso sempre que dou um passo ?