quando a noite vem, a mente é mais livre

De noite sinto-me sempre diferente e de certeza que não sou só eu que me sinto desta forma. Parece que a inspiração se torna mais aberta, mais fresca e mais única. A noite é um dilema mas esse dilema entre sim é mesmo bom.
Seja no silêncio de um quarto com a janela meia aberta com um fresco suave na pele. Seja numa discoteca em que exista uma bola de espelhos, gente com um sorriso nos lábios e música a dar com o mesmo movimento dos corpos a acompanhar e nada me dá melhor liberdade que dançar, aproveitar a noite até à madrugada. Sinto-me uma pessoa diferente ao mesmo tempo única - não me preocupo com mais ninguém - oiço a música, danço com ela, mexo no cabelo umas quantas de vezes e sorrio o quanto for preciso. E era aqui onde queria chegar. A noite abre-me os olhos, faz-me ver o errado e também o certo e nunca mas nunca desgostei da noite, mas a cada passo que dou sei que é de noite que me sinto bem, com um sorriso.
Sou diferente, sinto-me mais do que aquilo que de dia não me sinto - completamente liberta - e sinto ainda mais isto quando danço, quando saio de noite e vou aproveitar o som que a música me dá! Danço e danço sem parar, além de dançar ser um vicio - nunca consigo parar - consigo aguentar várias horas, não interessa o quanto os meus pés vão ficar doridos de dia, mas nunca me arrependo de dançar o máximo que conseguir. Adoro a noite, é tão quente e ao mesmo tempo tão gelada mas vive-se tão bem debaixo das estrelas, da lua. É perfeito como o céu fica depois do sol de ir embora, depois do dia se recolher. É fantástico como pode tudo mudar, como tudo se pode transformar. 
Costumam dizer que a noite é uma criança - o tal infinito - parece que dura mais que o próprio dia, a inspiração reina, a vontade é maior e o resto ? O resto é definido por nós, e nada mais que isso.