A saudade corrói por dentro e deixa marcas no meu interior. Os meus amigos estranham a pessoa que está ao lado deles - ainda ontem - me deram um beijo na bochecha e com carinho disse - vê se ficas bem - e no entanto sorri para dentro e agradeci.
- Nem pareces tu! - Disse um amigo meu,
na verdade o meu interior está a mudar, fica frio a cada hora que passa. Não me iludo, não me distraio com coisas fúteis, penso somente no trabalho e no conforto do meu sofá assim que chego a casa de rastos.
A vida é uma constante mudança e por vezes o destino dá-nos esse sabor - amargo - por vezes que a vida consegue ser.
Isso é a amostra de nos fazer ver, que temos que nos amar mais, antes de dar carinho para qualquer sujeito que nos ilumine o olhar por algumas noites. E chego a uma conclusão visível: mudamos consoante os actos das pessoas, consoante o afastamento, o carinho é menor e quando sentimos necessidade de nos ajoelharmos perante essa pessoa e perguntar: mas porque agora não lutas tanto como lutavas ao início? Perguntamos imensas vezes o porquê de a maioria das pessoas se sujeitarem a perder alguém que tanto lhes estima, que tanto lhes estimula a alma e dá uma outra cor ao coração se realmente passados tempos revelam o contrário?
Oh eu tenho imensas saudades tuas, do meu ar amalucado e do teu sorriso contagiante. Oh mas agora está tudo tão nublado no meu olhar, se não sei desvendar esse teu interior.
Fica para mais logo, vou dormir. Porque dormir vai-me acalmar a alma e tirar o cansaço - pudera - agora é algo que necessito. Vou pensar em mim, e um pouco em ti em silêncio.