Tudo ficou no avesso. Escrevo agora, cheia de lágrimas nos olhos.
Sinto a dor em cada parte do meu corpo, que não me deixa inspirar e expirar com suavidade.
Não devia ser assim, mas é, foi.
Odeio promessas, porque sei que não são cumpridas. E eu penso sempre, que saio ilesa sem quaisquer sequelas e que me habituo a acontecimentos como os de ontem - mas não! - continuo a mesma coração mole, que se deixa levar pelas desilusões e demora tempo a recompor dos estragos.
Toda eu, sei valorizar quem gosto realmente, com toda a intensidade. Deixo toda a gente falar comigo e poucos a entrarem no meu mundo, e por vezes entra sempre algum que derrete o meu coração e acaba por despedaçá-lo ainda mais.
Tu disseste que virias a meu encontro. Procurei-te por todas as horas com a ansiedade de virar costas e ver-te com aquele teu sorriso. Mas a única coisa que via era uma multidão de desconhecidos a passarem por mim e sem ti incluído. Fechei os olhos já embriagada e tentei rezar para que te visse.
Mas não o consegui fazer. As chamadas não foram retribuídas e não recebi mais mensagens tuas.
Acabei por me inundar em lágrimas, com uma raiva interior por saber que não te devia ter dado tanto carinho. Raiva porque penso sempre que tudo permanece nos seus lugares se não fizermos muita "asneira" sem arriscar-mos perder.
E tudo o que recebi foi novamente o desprezo mais triste de todos os tempos. Ao qual pensava que só iria acontecer depois.
Aconteceu agora, oh destino que por vezes me pregas partidas tão grandes, mas sabes abrir-me tão bem os olhos, apesar de agora embaciados...
A realidade é esta e estou a sentir uma mudança drástica no meu interior e quando o sinto ...
desta vez é para valer.