carta que nunca irás ler

Por alguns segundos e minutos ainda chego a pensar em ti, e como seria se tivesse sido tudo diferente. A verdade é que apanhavas-me sempre quando não estava bem e fazias-me sentir como nunca ninguém me tinha feito. Eras único ao ponto de começar a amar-te com calma e até as borboletas na barriga aparecerem. Fotografava com mais entusiasmo, escrevia todos os dias o teu nome e até escrevi cartas que nunca irás ler. Fazias-me sentir como um dia de chuva coberto de um arco-íris e tu eras o pote de ouro no fim. Tudo desapareceu como uma doce música, que quando chega ao fim pára, e deixa um silêncio coberto de mágoa. Mas a música eu posso tocar no "play" várias vezes, agora em ti e em nós não o posso fazer. Sempre que adormeço costumo pensar em ti e quando estávamos juntos, e o quanto me deixavas ficar feliz e com um sorriso. 

Parece que num instante decidiste sair pela porta, e deixá-la aberta enquanto eu pensava que voltarias, e sabias bem que eu era rapariga capaz de ficar ah tua espera, porque comecei a amar-te com ternura como próprio sabias que ias acontecer. Sabias os meus dilemas, e sabias os meus pontos fracos, sabias como me encorajar e sabias como me adoçar a alma e o coração.

Nunca te esqueças que eu costumo guardar cada momento e não guardo mágoa, nem rancor, nem tristeza, mas sempre que penso em ti por algum momento apetece-me deitar uma lágrima, apetece-me esconder a tristeza na almofada, ou até no céu azul.. mas agora não o vou fazer, porque o destino chegou e tu ficas nessa via, e eu escolho a minha via.

 Até um dia , amor.