Hoje abri uma caixa cheia de memórias que pelo meu saber, já não voltam mais. Estão recheadas de sorrisos, de vivências únicas e de sentimentos verdadeiros, verdadeiros esses que já foram embora. Não porque pedimos, não porque estava destinado, mas sim pelo querer das nossas almas. Nunca me achei daquelas pessoas em que num minuto conseguia deixar tudo para trás e esquecer – nunca fui assim – mas ouve pessoas na minha vida que foram capazes de o fazer, sendo essas pessoas comuns que só entraram mas que abriram a porta mais fácil sem dor para eles mas só para o meu interior. Preocupei-me demasiado e é talvez por isso que ame tanto e dedique tanto de mim às pessoas que estão comigo e olhe para trás e veja o quanto me custou tanto vê-los partir mas ao mesmo tempo novas pessoas mudaram o rumo da minha vida e fazem-me sempre o maior dos sorrisos, guardam memórias e planeiam presentes e futuros a meu lado. Não me arrependo de ter perdido quem quer que seja, porque se saíram foi porque assim o quiseram e eu deixei-os sair. Nunca devemos obrigar ninguém a permanecer num sítio onde não se sintam com vontade de ficar. Como um pássaro temos de dar às asas e voar, porque apesar de nos sentirmos presos em certos momentos, temos a liberdade dentro de nós e por vezes não a sabemos usar.

As pessoas que permanecem na nossa vida, ficam porque gostam de nós e sabem dar o verdadeiro valor, caminham connosco na estrada da vida sem nada para pedir em troca e quando um dia os futuros forem mudados e os caminhos sejam diferentes, se realmente gostarem de nós permanecem seja hoje ou amanhã, nas nossas almas ou por vozes, ou por encontros num café ou uma saída a um bar entre sorrisos e danças trocam-se palavras, dá-se o uso da saudade e conseguimos abafar.